Chegou a hora de abraçar a desconstrução dos padrões e ideias que já não se encaixam mais no universo fashion. Acompanhe o post de hoje e venha refletir com a gente sobre esse tema tão importante.
Por muitos anos, o público foi bombardeado de regras preestabelecidas sobre a moda. Ter um corpo magro e alto, cabelos lisos e sedosos e sempre utilizar as mesmas roupas em certas ocasiões são apenas alguns exemplos disso. Porém, e felizmente, essa visão vem mudando e as pessoas mais antenadas já começaram a investir na desconstrução dos padrões estéticos.
Se antes, boa parte das mulheres faziam de tudo para se encaixar nessas exigências, hoje em dia, essa ideia vem, aos poucos, ficando para trás. De uns tempos para cá, a celebração do corpo, exatamente como ele é, e a busca por ícones mais autênticos está ganhando relevância.
Assim, que tal mergulhar nessa pauta e, quem sabe, também mudar a sua percepção? Hoje, te convidamos a acompanhar uma leitura superespecial e abandonar alguns conselhos que já não fazem tanto sentido assim. É só ficar de olho na reflexão que preparamos para você!
A desconstrução dos padrões em tempos de redes sociais
Não há como negar: as redes sociais se tornaram verdadeiras vitrines e referências para nosso lifestyle e padrões de beleza. Você provavelmente já seguiu alguma influencer ou celebridade e desejou ter um estilo de vida exatamente como o dela.
Inclusive, as grandes grifes e marcas de moda descobriram esse mecanismo e passaram a utilizar tais ferramentas como uma forma de marketing, a fim de vender ao público uma ideia de vida perfeita e, na maioria das vezes, inalcançável.
Foi neste mesmo momento que os filtros e edições de fotos e vídeo começaram a bombar nas mídias sociais. Com uma busca constante pelo sucesso e a beleza, é difícil encontrar um só usuário que não aproveite esses mecanismos para corrigir as suas imperfeições.
Em um primeiro momento, pode até parecer algo superficial e inofensivo, mas, na prática, o estrago é muito maior. Para se ter uma ideia, o número de casos de adolescentes com depressão vem crescendo a passos largos.
Só no Brasil, 69 milhões de indivíduos, de 0 a 19 anos, já apresentaram sinais depressivos. E os motivos, como podemos imaginar, são variados: desde o bullying até cobranças sociais, diretamente relacionadas aos fatores estéticos e físicos.
E não é só isso!
Essa busca por se encaixar em uma “caixinha” também fez com que muitos aplicativos de modificação social fossem desenvolvidos. É o que conseguimos encontrar em variadas redes sociais, especialmente no TikTok.
Ao utilizar essas ferramentas, o usuário afina o nariz, retira manchas do rosto, aumenta os lábios, clareia os dentes e por aí em diante. Em outras palavras, são edições que criam uma realidade inexistente, sendo também a porta de entrada para a não aceitação de nosso próprio corpo e o desenvolvimento de vários distúrbios psicológicos.
O papel dos influenciadores na desconstrução dos padrões
Obviamente, os influenciadores digitais também possuem um papel importantíssimo na desconstrução dos padrões. Afinal, muitos deles possuem um imenso alcance nas redes sociais e, consequentemente, têm mais facilidade para conscientizar as pessoas a respeito do tema.
Se, antes, as principais figuras públicas responsáveis por esse papel eram os grandes artistas, especialmente aqueles que desfilavam no Red Carpet, desta vez, os holofotes estão direcionados às pessoas que mostram o dia a dia em seus perfis na internet.
Porém, não podemos esquecer de que também cabe ao público acompanhar os seus ícones com responsabilidade, dando atenção às personalidades que, realmente, tenham algo para comunicar, seja por meio de seus posicionamentos ou de seu modo de vestir.
Em relação à moda, por exemplo, essa mudança é muito clara. É o que mostra o jornalista Rener Oliveira (@reneroliveira), em um post publicado em seu próprio perfil:
“Os verdadeiros ícones da moda foram e são pessoas que deixaram uma marca, um DNA e uma contribuição para a história. Veja o caso de Coco Chanel, que revolucionou o guarda-roupa feminino; Naomi Campbell, que abriu as portas para várias modelos negras; Carmem Miranda com sua excentricidade; ou a Lady Gaga, que escreveu uma nova história da moda no início dos anos 2010, existindo um antes e depois do seu surgimento.
Hoje te chamam de ícone por apenas comprar roupas sem nenhuma narrativa. Esquecem da personalidade, item primordial para a criação de uma personalidade da moda. No fim, são réplicas de stylists internacionais, como apontam em outras redes sociais. Mais uma vez, caímos nas armadilhas do entretenimento”
Para refletir
Ao observar todo esse contexto, vem o questionamento: “será que precisamos nos inspirar na vida de pessoas que querem apenas nos incentivar a consumir, sem questionar ou seguir um propósito?”. Em quem será que estamos nos espelhando?
De fato, o trabalho a ser feito é longo e, muitas vezes, complicado, pois estamos inseridos em uma sociedade que exige, diariamente, que estejamos integrados, seguindo as mesmas regras. Por outro lado, também somos livres para fazer as nossas próprias escolhas, olhar além e decidir para aonde vamos.
Daqui para frente, que tal analisar mais a fundo quem te inspira? Será que não está na hora de você dar o primeiro passo e ajudar na desconstrução dos seus próprios padrões? Lembre-se: a mudança também começa dentro da gente.
Esperamos que você tenha gostado desse conteúdo especial. Agora, aproveite o momento e compartilhe este link em suas redes sociais. Temos certeza de que as suas amigas também vão curtir se aprofundar no assunto e refletir sobre a desconstrução dos padrões. Até a próxima!
